Capítulo 3: O fim da burrice
"Vamos curar esse pessoal. Teve um cara aí que virou presidente e agora tá inelegível, vai ser condenado mais tarde pela ministra Carmen Lúcia."
Combater a burrice!
A gente tá no século XXI. E diversas coisas que antigamente pareciam improváveis têm acontecido. Eu não imaginava que a gente estaria regredindo em relação à questão climática no mundo inteiro. Eu não pensava que as pautas de identidade de gênero, de sexualidade… Elas ainda seriam um tabu. A essa altura do campeonato, menos ainda ia pensar ver gente que trabalha pro Estado defendendo bilionário, ou querendo ser um, mesmo sendo funcionário público, mesmo sendo empregado de uma grande empresa.
Assim como vocês, eu acho que é essencial que a gente volte a dar nome às coisas e dar o nome que elas têm.
É burrice defender que a gente aumente a exploração e queima de combustíveis fósseis. É burrice que a gente defenda que ricos não paguem impostos, que eles continuem com esse privilégio. É burrice manter uma escala de trabalho que não cabe mais com a tecnologia e com os tipos de serviços do século XXI. Tá tudo errado.
Tanta coisa estúpida, né? Olha só essa coisa de afirmação de religiões por meio de movimento de subida à montanha pra aprender a ser um bom pai, um bom marido. E no final das contas, cada semana um novo “legendário” é descoberto aí fazendo merda, né? Por que será que a gente insiste em ficar buscando lideranças que se vendem como os salvadores da pátria?
Por que que a gente deixa pessoas notoriamente estúpidas, como a Carla Zambelli, Nicolas Ferreira, Monark… Esses nomes da extrema direita, e que o próprio Bolsonaro, mesmo inteligente pra tentar dar golpe, pra fazer uma família horrível de pessoas horríveis, para fazer um filho deputado federal, que tá usando verba pública para poder atentar contra nosso país? Tá de saco cheio, não tô.
Essa jornada para 2026, em outubro, ela dá uma chance pra gente de não repetir isso. E chamar pra conversar, mesmo assim, quais são os problemas, os traumas, os ressentimentos das pessoas que defendem esses estúpidos, que continuam defendendo esses estúpidos? Precisam tratar, pra gente poder seguir adiante com uma cidade e um país que são possíveis.
A gente sabe que a extrema direita ela capta gente com ressentimento, gente que se sente preterida. Gente que se acha melhor do que os outros, que não deveria ter as mesmas responsabilidades que os demais. Ela traz esse discurso, também não exige que as pessoas estudem muito, né? Não exige que as pessoas apliquem o método científico pra nada.
E com esse problema das igrejas caça-níqueis, que existem tantas por aí, isso fica mais acentuado, porque, imagina, a gente percebe que a esquerda ela ficou elitizada. Elitizada porque ficou claro que, quando você dá acesso ao filho da empregada doméstica para entrar na universidade – que é o meu caso, inclusive –, a gente para de ficar olhando apenas pro chão, contando como que a nossa vida passa rápido sem a gente perceber, entregando a nossa força de trabalho pra pessoas que só nos exploram. A gente para de ser oprimido, por que a educação liberta.
E a burrice, ela aprisiona. E quando ela tá numa escala de poder igual chegou, ela aprisiona todo mundo. Ela aprisiona as nossas vontades mais básicas de só estarmos em paz. Pessoas inteligentes não ligam pra quantidade de dinheiro, o tamanho da porta da casa da pessoa, ou carro que ela tá usando. Sacana e sabuge? Sue… Uma mentalidade que foi formatada pra que o individualismo e o materialismo se imponham sobre a essência daquela pessoa.
Pensa comigo: se você tirar o dinheiro do Elon Musk, o que é que sobra? Que ser humano é que faz? Agora, seus vizinhos, seus amigos, o comerciante aí na padaria, a cabeleireira, motorista do ônibus, o motorista do Uber, açougueiro, carteiro, professores, os próprios estudantes… Cês percebem que existe aqui no Brasil, ainda com todo esse ruído que a burrice causa, uma vontade da gente só seguir a nossa vida tranquila, ter acesso, poder viajar quando quer, ter boa comida, poder se divertir e encontrar com as pessoas que a gente ama?
O bolsonarismo e o discurso de ódio da extrema direita afastou as famílias, cara. Aqueles ressentidos, aqueles que não se enxergam dentro das suas próprias famílias, como é? Pessoas que são saudáveis, aptas, que foram abandonadas pelas suas famílias porque são chatas, não se tratam. Foram acolhidos pelo bolsonarismo, foram acolhidos pela burrice.
Eu acho que é hora da gente dar um basta na burrice. Em 2026, em outubro, já é pra gente tá com uma coalizão em todos os estados, pela defesa de uma bancada da ciência. Uma bancada da ciência para poder apoiar o presidente Lula e as nossas lideranças no parlamento, pra dar para o povo brasileiro, os respectivos estados, para as câmaras legislativas, embasamento para as políticas públicas.
Uma bancada da ciência que vai lutar para tirar do papel a empresa brasileira de dados. Que nós temos já a tecnologia, PES, infraestrutura e capacidade de criarmos uma empresa que faça frente aos serviços de nuvem, à produção de smartphones, a comunicação por satélites, as interfaces de streaming como o YouTube, como Spotify.
Nós temos condições. Esse lugar que você tá lendo esse texto, aqui é o site da Muxpresso, ele não tá hospedado no servidor do Google. Nós não pagamos tráfego pago no Instagram, no Facebook, nada. A gente não depende. Você tá chegando aqui por vontade própria, assim como a gente pode fazer em outros lugares, em outras coisas.
Imagina se a gente tivesse uma empresa brasileira de dados, cobrando aí em reais, metade do preço que o Google cobra pra poder guardar os seus dados. É possível, dá pra imaginar? Na verdade, dá até pra desenhar um plano de como isso funcionaria. Eu fiz isso.
E você, que se aproxima mais aqui dessa jornada, vai poder fazer parte disso? Discute essa ideia com as pessoas aí por sua volta, vê se não faz sentido. Vê se não faz sentido ter um projeto tecnológico que integre essa nossa criatividade brasileira com tecnologia de ponta e oportunidades de trabalho em tantas áreas do conhecimento.
Só uma bancada da ciência vai conseguir proteger e defender isso. Infelizmente, a gente tá lutando com uma máquina de dinheiro gigantesca na mão dos partidos políticos de direita, de centro. Como eu sou uma pessoa que precisa transitar muito entre vários lugares, eu sei que têm pessoas ali que sabem que existem coisas que são corretas a serem feitas, e que infelizmente a gente caiu na mão de uma milícia que sequestrou o nosso país. Uma milícia que tá envolvida com os crimes mais hediondos.
Ontem foi um dia muito especial porque eu encontrei com lideranças fantásticas, históricas do Partido dos Trabalhadores. E eu tive uma reunião muito boa com o Antônio, com o João, que estão me apoiando aqui nessa empreitada e já estão me ajudando aqui a organizar a formalização da pré-candidatura, com uma carta pra ser entregue pra direção do PT. E tal está dando burburinho? Temos aí poucas vagas.
Ontem também teve aí o anúncio da pré-candidatura a deputado distrital do Chico Vigilante, que é uma liderança histórica daqui do Partido dos Trabalhadores em Brasília, que vai fazer e vai puxar aí a eleição com a votação mais expressiva pros nossos distritais.
Conversei com João, meu amigo, que é pré-candidato aí, João Favorito, tá montando uma estratégia muito interessante pra juventude aqui do Distrito Federal. Cria de cidades satélite, assim como eu, sabe? Tá aí trabalhando firme desde 17 anos, agitando a cultura com um bar bacana, Casa Norte ali no Recanto Favorito.
Vamos juntar essas pessoas. Vamos falar com os deputados, os quadros experientes que a gente já tem, colar aí pra gente poder fazer candidatura a senadora, com maior número de votos aqui de Brasília, passar por cima da burrice, que representa o Ibaneis, a Michele, Bolsonaro, Damares. A gente vai avançar.
Eles não vão nem perceber o que aconteceu. Eles estão aí achando que vai ser nas redes sociais, padrão no Instagram, no Facebook e no WhatsApp, que eles vão repetir o que fizeram em 2018 e 2022. Eles não têm capacidade de seguirem sozinhos, sem a extrema-direita mundial organizada pelo Bannon e patrocinada pelos big techs.
Eles não sabem fazer. Eles não sabem criar um site. Eles sabem copiar coisas. Eles sabem repetir discursos. Eles sabem fazer como o mentor deles, Olavo de Carvalho, fazia. E a gente tem outros mentores, né? Nós tivemos professores. Nós prestamos atenção na escola. Nós não gostamos de burrice.
Já tomou seu cafezinho hoje? Saí muito feliz da reunião ontem com o Chico Vigilante, com os apoiadores dele, muita força envolvida, muita gente legal. É gostoso poder participar de um processo eleitoral, independente de se eu vou ter uma candidatura pra deputado federal. Podem ter certeza que o nosso sonho do outubro de 2026, que nós queremos, ele vai sair do papel.
Vai sair do papel com os candidatos e candidatas mais importantes para esse momento de renovação, por esse momento de acordar, de lembrar que as coisas acontecem e funcionam, mesmo que aqueles que estão no poder hoje na Câmara dos Deputados, no Senado, trabalhando contra o Brasil, queiram que a gente continue atrasado, porque eles são mesquinhos.
Vamos curar esse pessoal. Teve um cara aí que virou presidente e agora tá inelegível, vai ser condenado mais tarde pela ministra Carmen Lúcia. Que ele disse que a “metralhadora pessoal do Acre” conseguiu ser eleito presidente, né? Metralhar a petralhada no Acre. Ele não conseguiu nem organizar os generais dele pra dar um golpe. Ele não conseguiu apoio de ninguém, não fez nada. Um burro. Tá aí todo cheio de mimimi, e vai fazer esse mimimi dentro da cadeia, agora, que é onde o golpista tem que tá.
O tempo da burrice acabou, galera. E esse aqui, como eu falei, é um jeito diferente da gente poder se conectar e comunicar. Já é o dia 3 da nossa jornada e esse é o capítulo 3. E vai ficar cada vez mais empolgante.
A propósito, sobre o cursinho, já temos aqui uma indicação pra poder fazer ele acontecer no Teatro dos Bancários. Lá tem salas, tem espaço aí pra gente receber pelo menos umas 50 pessoas. Eu tava pensando em fazer um simulado menos tradicional, só com questões mesmo, colocar muita gente pra poder resolver na mesma hora as perguntas e tal. Mas a gente pode fazer de forma mais tradicional, com tempo, com prova escrita, um simulado mais próximo da pressão que se impõe para você poder passar no vestibular ou numa prova que dizem que vai definir a sua vida.
Mas um conselho para a juventude: não tenham medo de fazer a própria. Se não dá no ano, vai tentar no outro. Enquanto isso, a gente vai eleger bancadas de pessoas que sabem o método científico, para criar uma bancada da ciência e lutar pela extinção do vestibular. Tantos países já têm isso, né? Acabar com essa pressão.
Enquanto isso, a gente vai se apoiar pra que cada vez mais pessoas da periferia, fora da zona de influência do dinheiro, possam acessar educação pública de qualidade.
Bem, pra mim, o dia 3 foi muito interessante. Eu tô escrevendo ele no dia 4, porque ontem eu tive que ficar 2 horas no trânsito por incompetência do Ibaneis. Só sabe fazer viaduto e não sabe resolver o problema do trânsito das pessoas, do transporte público.
Mas é isso aí, amanhã tem publicação do capítulo 4. E hoje o dia tá só começando. Dom, conto com você, não esquece de comprar seu cafezinho com cogumelos, seguir a gente nos canais, divulgar este livro que está em construção e que só aqui no Mushspresso você faz parte dessa aventura.
Até amanhã.